A nossa história
“Nenhum obstáculo será grande o suficiente, se o amor for abrangente
e a vontade em querer vencer as adversidades for ainda mais persistente!”
No ano 1989, dois professores que se encontravam a efetuar a coordenação do Ensino Especial e do Programa Interministerial de Promoção do Sucesso Educativo (PIPSE) em Lagos, Aljezur e Vila do Bispo, respetivamente Maria Eduarda de Oliveira Santos e José Manuel Campos, constataram a existência, nestes concelhos, de uma lacuna muito significativa ao nível da oferta de uma instituição, cujo âmbito de intervenção se direcionasse para a problemática da deficiência.
Cientes das amplas dificuldades sentidas neste domínio pelos colegas docentes e pelas famílias que necessitavam
que terminou em 2602/3, tendo a instituição se responsabilizado financeiramente pela continuidade da prestação deste serviço, até que surge a Intervenção Precoce, em colaboração com três ministérios (Saúde, Segurança Social e Educação).
de ajuda, estes dois professores decidiram aliar os seus esforços ao dos pais que, na altura, desesperavam pela existência de uma instituição que os pudesse auxiliar na sua jornada ao nível da prestação de cuidado e da supressão das necessidades dos seus filhos. Com este objetivo em mente, decidiram fundar uma Associação, sem fins lucrativos, que tivesse como objetivo minimizar as dificuldades das crianças e dos jovens com Necessidades Educativas Especiais e das suas famílias, dos concelhos de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo. Foi então constituída uma Comissão Instaladora e dado início ao processo burocrático que se encontrava na base da legalização da Associação que se veio a constituir. (Ler mais)
Para a concretização deste projeto seria necessário a existência de um espaço físico no qual se pudessem desenvolver as atividades de apoio às crianças e aos jovens que viessem a necessitar de usufruir dos serviços desta Associação, o qual foi solicitado à Câmara Municipal de Lagos. A autarquia mostrou-se solidária e muito sensibilizada com este projeto e prontamente anuiu em colaborar com tão nobre missão, no sentido de criar um espaço que permitisse auxiliar as crianças e os jovens especiais e as suas famílias, dos concelhos das Terras do Infante.
Assim, efetuou a cedência do edifício da antiga escola primária dos Montinhos da Luz, espaço educativo que havia sido desativado em 1984. Com apenas uma sala de aula, o edifício emergia de um grande matagal e encontrava-se fisicamente bastante degradado. Com o objetivo de requalificar o espaço e de o tornar adequado à missão a que se propunham, Maria Eduarda Santos e José Manuel Campos, lideraram várias campanhas de angariação de fundos, com base no lema “Ajudem-nos… mas divirtam-se!”, junto com os restantes elementos da Comissão Instaladora.
Em 1990, com os fundos angariados através da realização destas iniciativas, foi iniciada a reabilitação do edifício cedido pela autarquia, onde foram construídos: 3 Gabinetes Técnicos (Psicologia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional), 3 Salas de Atividades, Instalações Sanitárias e um Escritório.
Ainda nos finais de 1990, foi efetuada uma segunda ampliação, com a construção de um Ginásio / Sala Polivalente e, ainda, uma Sala para a realização da atividade de Hidroterapia.
A 18 de Janeiro de 1991, procedeu-se à constituição e registo dos Estatutos da NECI, tendo sido inaugurado o espaço renovado. Procedeu-se de seguida às primeiras eleições dos Órgãos Socias, tendo os mesmos tomado posse a 17 de Julho de 1991. A NECI começou, nessa altura, a sua atividade com uma única Resposta Social: o Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), com apenas 5 jovens, a partir dos 16 anos e sem qualquer apoio Estatal.
Em 1994, a NECI foi reconhecida como uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), o que permitiu a celebração do primeiro acordo de cooperação com a Segurança Social para o funcionamento da Resposta Social Centro de Atividades Ocupacionais.
Em 1999, foi celebrado o primeiro acordo de cooperação da Resposta Social Atendimento / Acompanhamento Social, para dar resposta às necessidades sócio económicas das famílias mais carenciadas da comunidade.
Em 2001, foi concluída a obra da ampliação das infraestruturas existentes, com vista ao alargamento da Resposta Social CAO, a qual foi financiada pelo Programa PIDDAC – Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central, com um valor de 124.699,47€, sendo que o custo total da obra atingiu o valor de 155.874,34€. Esta ampliação deu origem a mais 2 Gabinetes Técnicos, 1 Cozinha e 1 Refeitório, 1 Sala de Direção, 1 Sala de Reuniões e 1 Sala de Espera, 1 Secretaria e 1 Casa de Banho.
Em 1997 teve início o Programa “Ser Criança”, direcionado para a estimulação e reabilitação de crianças com necessidades especiais de intervenção a partir do seu nascimento, através da intervenção direta de técnicos especializados com as crianças recém-nascidas e suas famílias, o qual terminou no ano letivo de 2002/2003. Com o término deste programa, sensível às diversas carências e necessidades de intervenção das crianças com deficiência das Terras do Infante, a instituição responsabilizou-se financeiramente pela continuidade da prestação deste serviço de forma autónoma, sem a comparticipação da Tutela.
Em Dezembro de 2003 foi assinado um Acordo de Cooperação Atípico para o início do funcionamento da Resposta Social Intervenção Precoce (IP) para crianças até aos seis anos e suas famílias, com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento, com efeitos de início de intervenção a Outubro de 2003. Esta Resposta Social ainda se mantém em funcionamento na NECI, sendo atualmente denominada Intervenção Precoce na Infância (IPI). Trata-se de uma Resposta Social adstrita a um grupo interministerial, constituído pela ação conjunta de três Ministérios: Ministérios da Saúde, da Educação e da Segurança Social e integra e integrada na Equipa Local de Intervenção de Lagos.
Em virtude da entrada em funcionamento da Resposta Social IPI e do gradual aumento do número de utentes, houve a necessidade de aumentar e de melhorar as salas de terapia e reabilitação, de forma a adequa-las às necessidades de intervenção das crianças e das suas famílias, que beneficiavam destes serviços. Assim, foi construído um ginásio totalmente equipado com material didático adequado à prossecução das intervenções terapêuticas, nomeadamente, nas áreas de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. No mesmo projeto foi contemplada também a construção de uma cave. Para conseguir atingir este objetivo, a NECI candidatou-se ao Programa LEADER +, do Fundo Social Europeu, obtendo aval positivo, o que originou um financiamento no valor de 41.650,00€. Para que fosse possível a concretização da obra, a NECI contou também com o apoio financeiro das Câmaras Municipais das Terras do Infante, nomeadamente, com as autarquias de Lagos, Aljezur e de Vila do Bispo. Estes novos espaços entraram em funcionamento em 2007.
Com o objetivo prioritário de melhorar os espaços destinados à intervenção técnica individualizada e familiar junto dos seus utentes e respetivas famílias, surgiu a necessidade de libertar os Gabinetes Administrativos e de Direção/ Reuniões, para as equipas técnicas das respostas sociais CAO e IPI, elaborando um projeto para construção de um primeiro andar, destinado então aos Serviços Administrativos, Sala de Direção e ainda uma Sala de Reuniões/Formação. A concretização desta obra foi possível com o apoio da comunidade portuguesa e estrangeira da Praia da Luz, a qual contribuiu com donativos no âmbito da Lei do Mecenato.O valor total desta ampliação foi de 68.050,20€, tendo este espaço entrado em funcionamento em 2007.
No âmbito do programa MASES (Medida de Apoio à Segurança dos Equipamentos Sociais), foi possível construir em 2009 um Parque Infantil Adaptado, o qual pudesse garantir todas as normas de segurança exigíveis e com vista a ser um espaço de intervenção simultaneamente lúdico, terapêutico e recreativo, prioritariamente para as crianças da resposta social IPI. Em simultâneo, para que todos os espaços institucionais pudessem ter condições de acessibilidade para todos os utentes e cidadãos, independentemente das suas condições de mobilidade, foi instalado um elevador que permitia efetuar a ligação entre o rés-do-chão e o primeiro andar. Este projeto foi cofinanciado pela Segurança Social, através do Programa MASES (Medida de Apoio à Segurança dos Equipamentos Sociais), tendo também tido o apoio financeiro da Câmara Municipal de Lagos, cujo total do investimento foi de 56.729,89€.
Pela necessidade de uma estrutura residencial, a NECI delineou um projeto para a construção de um novo equipamento – Lar Residencial. O Lar Residencial da NECI foi então construído com financiamento do Programa PIDDAC, das três Câmaras Municipais das Terras do Infante e donativos da comunidade. O lançamento da primeira pedra decorreu no dia 27 de Outubro de 2011.
A construção deste equipamento foi iniciada em Novembro 2011 e finalizado em Abril de 2014, tendo entrado em funcionamento em Dezembro desse mesmo ano, com a celebração de um Acordo de Cooperação para 24 utentes. Esta obra teve um custo elegível de 928.371,34€.
Simultaneamente, foram construídos os arruamentos, arranjos exteriores e a vedação do espaço envolvente das duas construções, bem como um sistema de sombra a interligar os dois edifícios.
O Lar Residencial foi constituído como resposta social em 01/12/2014, data da sua entrada em funcionamento, por celebração de Acordo de Cooperação com o Centro Distrital de Segurança Social de Faro.
Em Janeiro de 2016, a Instituição comemorou o seu 25º Aniversário. No âmbito destas comemorações, a instituição organizou a realização de um Sarau Solidário Inclusivo.
O processo de crescimento continua e projecta-se o alargamento da resposta social Centro de Atividades Ocupacionais e um novo complexo suporte à actividade institucional, estruturado para a melhoria dos serviços a utente, colaboradores e comunidade e para a sustentabilidade da Instituição.
“Uma instituição destas é muito importante… é um segundo braço direito de uma mãe ou de um pai que tem um filho assim e que precisa de trabalhar para lhe dar sustento e para lhe dar o que ele precisa… e se não tiver onde deixá-lo, vai pô-lo onde? Trabalha-se como?”
Mãe de uma Utente que frequenta o CAO desde a abertura desta Resposta Social em 1991